segunda-feira, 28 de março de 2016

Primavera de Piano

Concerto de piano, dia 2 de Abril, em Portimão.

Informação em:


www.primaveradepiano.com

Uma oportunidade para ouvir a música de:

Joaquim Gonçalves dos Santos
Robert Schumann
Alban Berg

Sejam bem-vindos!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Joaquim dos Santos e Manuel Faria - discografia

Respondendo ao repto lançando pelo meu amigo José Almeida, deixo aqui não uma lista, mas 
o disco responsável pela escolha da minha tese de mestrado:


Maria João Pires

Respondendo ao repto lançando pelo meu vizinho Manuel Rezende, deixo aqui não uma lista, mas 
o disco responsável por hoje ser pianista:



quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Carl Orff - Carmina Burana

Coliseu do Porto - 19. Julho. 2014

Humana noite.
Um concerto onde a cultura latina e a mística da Natureza foram partilhadas através da música.
Existem obras que se caracterizam por fazerem parte da memória colectiva das nações desenvolvidas; são casos em que automaticamente nos lembramos dos nomes das obras e até assobiamos a melodia que fica no ouvido, como por exemplo a Carmen de Bizet, o Bolero de Ravel, a Para Elisa de Beethoven. Inconscientemente, o nosso espírito crítico desvincula-se muitas vezes dessas obras, pois estamos constantemente a ouvi-las nos filmes, na publicidade, nos toques de telemóvel. Segundo Alex Ross em O resto é Ruído, "A ideia da «música para consumo» ganhou raízes rapidamente na cena musical de Weimar [república estabelecida na Alemanha entre 1919 e 1933]. Carl Orff (...) cultivou-a assiduamente." Havia também a necessidade de criar obras com música educativa, aquilo que Peter Gay designou de Fome de completude de Weimar, isto é, "a sua busca obsessiva de projectos de artes e ofícios, de cultura física, de expedições de retorno à natureza, de movimentos juvenis, etc."

Voltando a Alex Ross, este realça que Carl Orff "obteve um êxito surpreendente na Alemanha nazi com a sua cantata Carmina Burana. Com a sua exótica escrita para percussão (modelada sobre Les Noces de Stravinsky) e os seus "ressaltos" sonoros sincopados, esta obra (...) estava muito longe das óperas de Wagner favoritas de Hitler." Nos seus primórdios, Orff tendia para a esquerda política, compondo para poemas de Bertold Brecht, o que avoluma este paradoxal êxito.

Uma luta contra o tempo através do piano, o colidir de mundos distantes com os pratos e um canto coral homofónico, assim se revela a fome de completude com que principia a trilogia musical Trionfi que inclui as cantatas Catulli Carmina e Trionfo di Afrodite. Todas começam na mesma nota e com uma presença rítmica repetitiva que incute ao ouvinte a vontade de pegar nas suas armas, sejam da arte e do pensamento, da terra e da força, e procurar a salvação da Humanidade e da nossa própria alma.

Numa sala onde os elementos mais distantes de cada coro disseram ter tido alguma dificuldade nos ensaios em percepcionar com máxima clareza a sua própria massa sonora, devido à forma e dimensão do palco, o êxito de Weimar voltou a repetir-se, mesmo que com poucos dias de ensaios e com instrumentistas diferentes daqueles que se apresentaram em Barcelona dias antes. A junção entre o Cor Jove de L'Orfe'o Català e o Ensemble Vocal Pro Musica foi impecável. Os parabéns a José Manuel Pinheiro pela dimensão, qualidade e extremo cuidado na escolha dos elementos e na clareza de articulação. O Coro Júnior do Curso de Música Silva Monteiro, ao cantar dos lugares do balcão, o chamado "galinheiro", revelou-se como a cereja no topo do bolo; limpidez e frescura, num momento peculiar, onde o maestro se volta para o público para dirigir o coro.

Não tão perfeita foi a junção entre os dois pianistas, o português João Queirós e o catalão Josef Burfon. À personalidade do primeiro, mais rigorosa na leitura do texto musical, disciplinada na junção com o resto da orquestra, opôs-se (é este o termo) a personalidade extremamente fogosa e endiabrada do catalão, que muitas vezes demonstrou pouca atenção à manutenção e qualidade do som, mesmo com uma ténica que em nada fica a dever à do primeiro.

Quanto aos solistas, a soprano Ana Maria Pinto foi a que mais se destacou pela positiva. Tanto nos sons de duração infinita como nos intervalos mais distantes, manteve sempre a música palpável, fluida, como se já estivesse a acontecer há muito tempo e a sua voz fosse "só" o meio por onde ela se junta à nossa mente. A entrada do tenor João Terleira foi sublime, exacta, onde sem preparação é muito arriscado cantar afinado. José Corvelo apresentou-se ao seu nível, flexível para com a orquestra. O conjunto instrumentista desta, além dos pianos, é composto de percussão, onde há a realçar a presença de Carlos Puga Garcia e Jorge Lima, que se revelaram exímios na criação tímbrica e rítmica que o maestro Esteve Nabona incutiu com alterações subtis de andamento e dinâmica ao longo de todo o concerto, potenciando as qualidades desta obra.

Foi com grande satisfação que o público saiu do Coliseu para as ruas quentes do Porto após ouvir as "Canções de Beuern" - a cantata cénica Carmina Burana.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Quatro quadros para Luís de Freitas Branco

Como publicitado aqui, segue a crónica de música publicada em 24 de Junho de 2014, 
na edição Nº 1956 do Semanário O Diabo.


Em complemento ao apresentado na página 15 deste jornal, dado ser pouco visível na imagem,
aqui segue completamente descricionado o programa do concerto:

Quadro I                                                                         Quadro III

César Franck (1822-1890) - Prócession                         Gustav Mahler - Das irdische Leben
Luís de Freitas Branco (1890-1955) - Élévation            Luís de Freitas Branco - La mort des pauvres
Gustav Mahler (1860-1911) - Rheinlegendchen            Gustav Mahler - Revelge
                                                                                        Maurice Ravel (1875-1937) - L'enigme eternelle

Quadro II                                                                        Quadro IV

Luís de Freitas Branco - "Serres chaudes"                     Franz Liszt (1811-1886) - Nuages Gris (piano)
I - Désirs d'hiver                                                             Luís de Freitas Branco - Le pitre châtié
Richard Wagner (1813-1883) - Im Treibhaus                Arnold Schoenberg (1874-1951) - Entrückung
II - Heures ternes                                                            (do quarteto de cordas No. 2)
Claude Debussy (1862-1918) - De fleurs                      Gustav Mahler – Ich Bin der Welt abhanden
III - Feuillage du couer                                                  gekommen

terça-feira, 24 de junho de 2014

Quatro quadros para Luís de Freitas Branco

Semanário O Diabo - Edição de 24 de Junho de 2014 
 
Crónica de concerto


Ana Maria Pinto no canto (à esquerda)
Joana Resende ao piano (à direita)

Salão Nobre do Ateneu Comercial do Porto

Nas bancas entre os dias 24 e 30 de Junho.

Joaquim Gonçalves dos Santos


24 de Junho de 2008 - 24 de Junho de 2014